Alerta Vermelho no Paraíso: famosa internacionalmente por naturismo, Praia da Galheta em Florianópolis sofre em meio a crise de segurança turística
Conhecida pela prática de naturismo desde a década de 1990, a praia da Galheta vem
Conhecida pela prática de naturismo desde a década de 1990, a praia da Galheta vem apresentando situações nada agradáveis aos frequentadores. O fato é que uma lei municipal de 2016 revogou a autorização, impedindo os adeptos da prática a tirar totalmente suas roupas na orla.
Além disso, turistas que frequentam o local vêm sofrendo com agressões e até espancamentos, já que a praia é reconhecida internacionalmente pela prática do nudismo e inclusive consta na lista da FBrN (Federação Brasileira de Naturismo).
A falta de uma ampla publicidade com avisos e informações em massa deixa o frequentador desavisado. Sendo assim, ao realizar a prática, o mesmo pode ter surpresas desagradáveis.
Há relatos de pessoas, principalmente do público LGBTQIA+, que vêm sofrendo agressões verbais e até físicas por simplesmente frequentar o local.
Sobre o naturismo
A prática é conhecida em diversos lugares do mundo. A filosofia, que foi popularizada em território nacional lá pelo início dos anos 1980, tem suas regras, como o respeito ao próximo.
Não são permitidas fotografias e nem a prática sexual nas imediações onde a prática é realizada.
O naturismo sugere ainda a apreciação à preservação da natureza e a uma alimentação saudável. Portanto, o respeito é um fator crucial para quem adere à filosofia.
O abandono
A manutenção do espaço, principalmente da orla, vem sofrendo com a falta de atenção do poder público. Geralmente a limpeza é realizada por voluntários. Um exemplo é o temporal de 2023 que deixou a praia repleta de galhos e troncos e que ainda não foram totalmente retirados.
Paralelo a isso, o policiamento no local ainda é pequeno. A polícia segue a lei n. 10.100, que denomina a praia da Galheta como monumento natural municipal, revogando a prática do nudismo.
Porém, a presença da guarda não tem impedido que pessoas sofram com as agressões. Houveram relatos recentes de pessoas escondendo os rostos com as próprias camisetas e portando pedaços de madeira.
O que fazer?
Como não há campanhas de conscientização em massa para que todos saibam sobre as novas regras, frequentar a praia da Galheta pode resultar em situações incômodas.
Porém a praia continua atraindo uma grande quantidade de turistas, essencial para a economia de Florianópolis. Eles são a principal fonte de renda de hotéis, restaurantes, bares e outros serviços da cidade.
Caso a pessoa seja vítima de ataques e violências, o ideal é procurar uma delegacia mais próxima para registrar o Boletim de Ocorrência, já que a ação on-line só é permitida quando se inclui o nome dos agressores.