A NOSSA “SANTA CAIPIRINHA”

* Por Miriam Petrone Tudo tem um propósito e noutra matéria eu havia “levantado a

* Por Miriam Petrone

Tudo tem um propósito e noutra matéria eu havia “levantado a lebre” de que algo estava errado com relação a Caipirinha ter ficado de fora da lista dos drinks da IBA – International Bartenders Association, mas ter sido colocado a mistura de cachaça, vermute tinto e Cynar que ganhou o mundo até chegar à tão cobiçada vaga nesta lista, o Rabo de Galo. Toda história tem um roteiro e esta não poderia ser diferente.

Ao ler no portal Mixology News uma matéria do dia 15/09/2023, escrita pela jornalista Marcella Sobral, intitulada “NA RINHA DO RABO DE GALO – O QUE SERÁ DO LEGADO DO MESTRE DERIVAN?”, descreve exatamente o que eu já suspeitava e coloquei na minha matéria anterior: que a promoção do Rabo de Galo foi um “negócio”, nada a ver com a promoção da “nossa cachaça”, uma vez que o drink e/ou coquetel leva insumos importados e não tem como base o nosso produto mais puro e verdadeiramente brasileiro, fazendo “nossa Caipirinha” ficar de fora da lista da IBA – International Bartenders Association.

Quem lê a matéria da grande jornalista, que ja assinou colunas por mais de duas décadas de gastronomia nas renomadas Globo e CBN, e principais colunas especializadas de bares, não têm dúvidas de que o Rabo de Galo é pano de fundo para um negócio rentável e vantajoso.

Talvez, se o idealizador da ideia de colocar o Rabo de Galo no cenário do mapa etílico e na IBA – International Bartenders Association, não tivesse morrido, a verdeira intenção desta história nunca fosse contada para o público.

Quando tem dinheiro, poder e grandes interesses em jogo, e mais de uma pessoa jogando, é natural que saia briga e tudo venha à tona. Cabe aos organizadores da IBA – International Bartenders Association reverem as regras e conceitos para a inclusão na grande lista de drinks e coquetéis e deixarem que a “nossa Caipirinha” reine absoluta.

Para entenderem a que me refiro, vou resumir o que li no Mixology News.

Mestre Derivan, como citado acima, foi aquele que assumiu como missão pessoal colocar o Rabo de Galo no mapa etílico. Suas razões são bem explicitadas e não deixam dúvidas de que o fator foi financeiro. Ele morreu em maio deste ano.

Para entenderem melhor, antes da morte de Derivan, o ex-sócio da empresa RDG, criadora do drink Rabo de Galo, Daniel Júlio, já havia se desligado da sociedade e mudado de atividades. Desde 2021 as atribuições de Daniel foram assumidas por Fábio Freitas, que inclusive trouxe novos patrocinadores e mais visibilidade aos concursos. Foi ele quem deu a notícia da morte de Derivan para a família e prometeu que nada mudaria nos negócios, e que continuariam a receber 50% dos lucros do negócio. Mas, segundo a viúva, isto não ocorreu e ela alega que não tem dinheiro nem para terminar o túmulo do Derivan.

Fábio alega dificuldade em receber os boletos após a morte de Derivan e este seria o motivo de não conseguir efetuar o pagamento.

Enquanto isso a roupa suja continua sendo lavada. O verdadeiro motivo da inclusão do Rabo de Galo na lista da IBA aparece, e para aqueles que se interessam em salvaguardar o VERDADEIRO COQUETEL A BASE DE CACHAÇA ficam felizes em saber que verdadeiramente a NOSSA CAIPIRINHA é o único coquetel que tem direito a constar nesta lista.

Esse texto destaca uma preocupação válida sobre a autenticidade e a promoção da Caipirinha em relação a outros coquetéis, como o Rabo de Galo, na lista da IBA – International Bartenders Association. A discussão sobre a representatividade da Caipirinha como um verdadeiro ícone da cultura brasileira é importante, especialmente em um contexto de competições de coquetel e reconhecimento internacional.

A preocupação com o legado e a integridade dos coquetéis à base de cachaça é compartilhada por muitos, e a promoção de coquetéis típicos é uma parte fundamental da preservação da cultura gastronômica e de bebidas de um país. Espera-se que a discussão ajude a esclarecer a autenticidade dos coquetéis e promova uma apreciação mais profunda da riqueza da cultura de bebidas no Brasil.

E claro, uma Caipirinha genuína sempre é uma excelente opção para quem deseja saborear um clássico da coquetelaria brasileira.

A história de Mestre Derivan e as disputas financeiras e comerciais que surgiram após sua morte evidenciam o jogo de interesses por trás da promoção de bebidas.

Além disso, o texto ressalta a importância de manter a autenticidade e a originalidade ao promover produtos culturais e típicos, tais como a Caipirinha. A mensagem é clara: enquanto o Rabo de Galo pode ter sua história e valor, é a Caipirinha quem merece o destaque quando se trata de representar o Brasil no cenário de bebidas internacionais.

Essa defesa apaixonada da Caipirinha lembra aos leitores da rica tradição e cultura do Brasil, incentivando-os a valorizar e promover suas verdadeiras raízes.

Que venham mais defensores da chamada CAIPIRINHA VERDADEIRA E GENUÍNA, feita somente a base de cachaça, limão, açúcar e gelo. E para que mais?

E aí Vai uma CAIPIRINHA?

Fonte: https://mixologynews.com.br/09/2023/mixologia/rabo-de-galo-legado-mestre-derivan/